O campo do Direito Internacional no Brasil como espaço profissional acadêmico não está isolado das influências e das restrições trazidas por outros campos – intelectuais, políticos, econômicos e sociais – que com ele dialogam. A construção e a operação de seus jogos de força não ocorrem apenas e tão-somente na produção e na incorporação de temas e de agendas de pesquisa, mas também na definição das pautas que definem temas e agendas de pesquisa e, mais do que isso, das pessoas que compõem e definem temas e agendas. A presença, a persistência e a desistência daquelas e daqueles que reconhecem em si a academia como vocação profissional é marcada em diferentes graus pela confluência de diferentes estruturas de inclusão e de exclusão brasileiras que se acumulam e se sobrepõem na trajetória particular. É esse atravessar multidimensional de distintos vetores que, por meio de narrativa storytelling construída a partir de observação participante, que esta obra busca explicitar, denunciar e – por que não? – pôr em jogo.